Castelo de Chenonceau - Vale do Loire - França

29.10.09


Conhecido como o Castelo das damas, Chenonceau foi construído sobre pilotis, no meio do rio Cher. Sua construção inicial, bem mais simples iniciou no séc. XIII e pertenceu a família Marques. Mais tarde durante o reinado de Francis I, foi adquirido por Thomas Bohier e sua mulher Katherine Briçonnet com dinheiro desviado do reino. O rei Francis  e sua rainha Cláudia descobriram e tomaram a propriedade. A porta de entrada do castelo tem uma inscrição em latim: "FRANCISCUS DEI GRATIA FRANCORUM REX - CLAUDIA FRANCORUM REGINA" ("Francisco, pela graça de Deus, rei de França e Cláudia, rainha dos Franceses").

Jardins de Diana

Mais tarde, durante o reinado de Henrique II, o castelo foi habitado por Diana de Poitiers, como presente do próprio rei, seu amante e admirador. Diana era 20 anos mais velha que Henrique mas segundo consta era uma mulher lindíssima, sendo a favorita do rei por muitos anos. Diana ampliou o castelo e mandou construir seu célebre jardim. 

Quarto de Diana

Henrique II morreu em um torneio, atingido por uma lança. Após a morte do rei, a rainha Catarina de Médicis tomou o castelo para si e expulsou Diana para outra propriedade, o castelo de Chaumont. Construiu outro jardim e fez no castelo festas fabulosas para sua corte e convidados. Além disso, como grande apreciadora das artes, construiu uma galeria no castelo.

Quarto de Catarina

Catarina passou o castelo a Louise de Lorraine, esposa de Henri III, que segundo dizem era gay e morreu assassinado não muito tempo depois. Inconsolável, a rainha Louise de recolhe em luto na propriedade e manda pintar seu quarto de negro, com motivos de luto e, desde então, só vestiu branco que era a cor do luto real naquela época.

Quarto de Louise

Em 1624 o castelo tornou-se propriedade do Duque de Vendôme, filho do rei Henrique IV. Henrique IV havia convidado sua favorita , Gabriela dÉstrées, mãe de seu filho legitimado César de Vendôme, a morar ali.

Depois de um tempo meio abandonado, o castelo passa a ser propriedade dos Dupin. Louise Dupin era apreciadora dos livros e o tutor de seu filho foi Jean-Jaques Rousseau. Era uma boa mulher e mantinha boas relações com os fazendeiros ao redor. Foi enterrada no parque da propriedade.

Em 1864 o castelo é comprado por Marguerite Pelouze que fez algumas modificações na construção, adaptando-a às necessidades da época.

Além do castelo e dos jardins, visite a Quinta e a Horta, que são imperdíveis. Além disso a Orangerie oferece uma cozinha requintada e saborosa para uma refeição. O terraço dá para o "Jardim Verde". O salão de chá abre diariamente das 15:00 às 17:00. Um belíssimo passeio perto de Paris.

A Quinta

Para mais informações, conheça o site oficial do castelo clicando aqui.

Paris - dia 4: Père Lachaise, Giverny e Pigalle

25.10.09


(Giverny - Casa de Monet)

Em nosso quarto dia em Paris, acordamos um pouco mais tarde e fomos visitar o cemitério Père Lachaise. Depois, por volta das 11 horas fomos à Estação Lazare (Gare Lazare) onde compramos os tickets de trem para irmos visitar a cidade de Giverny, sobre a qual já escrevi um post aqui no blog. Estava muito ansiosa para fazer esse passeio, que me tinha sido tão bem recomendado.

Apesar de sua importância e peculiaridade, a cidade próxima de Paris não faz parte do roteiro da maioria das pessoas que conheço que já foram a Paris. Por isso e também por ser apaixonada pelas obras impressionistas fiz questão de conferir pessoalmente.

Seguindo as instruções precisas do Conexão Paris, na Gare Lazare compramos os tickets de ida e volta para Rouen  (41 Euros), passeamos um pouco enquanto aguardávamos a saída do trem, tomamos um café ali perto da estação e a 1:00 da tarde embarcamos, sabendo que desceríamos na cidade de Vernon. Quando chegamos em Vernon, descemos do trem e seguimos as "pegadas azuis", até chegarmos a entrada principal da minúscula estação, de onde logo avistamos o ônibus que nos levaria até a cidade de Giverny. Tudo muito certinho, o ônibus tem horários coordenados com os trens e já estava lá aguardando os passageiros. Compramos a passagem dentro do ônibus (4 Euros ida e volta) e, em seguida, partimos.


Chegando em Giverny, no enorme estacionamento, seguimos as pessoas que também desceram do ônibus, então foi fácil chegarmos até a Casa de Monet. Na saída do estacionamento, que fica à céu aberto, também tem um painel com um mapa que mostra a localização das atrações do local.

Na bilheteria da casa de Monet compramos as entradas (6 Euros) e finalmente chegamos lá. Já no início dos jardins pode-se ter uma idéia do que vamos encontrar ao longo do caminho... A paixão de Monet pela luz natural e pelas cores pode ser vista ali, em toda sua exuberância. Ao contrário dos jardins tradicionais franceses, as flores ali crescem livres, derramam-se pelos caminhos e sobem pelas treliças.  Era ali que ele e seus companheiros Cèzanne, Manet, Pissarro e Sisley captavam as mudanças na luz e no clima em diferenes momentos do dia.


A casa é uma delícia, e ver as fotografias da família tiradas ali, naqueles mesmos aposentos me causou muita emoção. Adorei a cozinha com seus azulejos azuis, os quartos, a sala de estar com muitas fotos e reproduções de suas telas. Não é permitido fotografar dentro da casa, o que é uma pena. Adoraria compatilhar aqui o que vi lá.

Mas o ponto alto do passeio é mesmo o Lago das Ninféas. Com seus salgueiros, flores, pontes japonesas e, é calro, os famosos lírios aquáticos (ninféias), você realmente se sente dentro das telas de Monet.  Afinal, segundo suas próprias palavras: " Precisei de um tempo para entender minhas ninféas. Mas de repente, tive uma espécie de revelação do que havia de mágico no meu lago...Desde então, praticamente já não uso outro modelo."


Passamos muitas horas lá, sorvendo as imagens, gravando-as na memória e registrando tudo em fotografias. A luz de outubro, obra do céu incrivelmente claro e sem nuvens, contribuiu e muito para o engrandecimento do momento. E dizem que a primavera é a melhor época do ano para ir lá!

Em um outro dia, vi um outdoor gigante, com uma foto de uma estrada cercada de vegetação e uma frase atribuída a Monet: "Eis aqui o meu atelier". Não foi à toa que tenha escolhido essa região para viver. A luz ali é realmente especial.

Passeamos pela cidadezinha, visitamos outros pontos de interesse ainda encantados com o que havíamos visto nos jardins. Voltamos no ônibus das 5 horas para Vernon e esperamos um pouco em um restaurante da cidade enquanto nosso trem não chegava.


Voltamos à Paris e fomos diretamente para Pigalle, onde compramos algumas lembrancinhas pois foi ali que encontramos preços bem razoáveis. Passeamos um pouco ao entardecer pelos cafés, comemos um crepe, tomamos sorvete, enfim, curtimos ali nosso momento feliz.

Antes de pegarmos o metrô para o hotel, fomos até o Moulin Rouge, no boulevard de Clichy, para fotos e, no caminho, pudemos observar a famosa vida noturna da região, com seus cabarés, casas de shows, sex shops e outras coisas do gênero...

Notre-Dame de Paris e Victor Hugo

22.10.09

Notre-Dame

Em 1831, quando foi publicado o romance Notre-Dame de Paris (O Corcunda de Notre-Dame), de Victor Hugo, a catedral estava num estado lastimável. Já na coroação do imperador Napoleão, em 1804, o local para essas ocasiões pomposas estava em ruínas e precisou do disfarce de ornamentos presos às paredes.

Durante a Revolução, a catedral chegou até a ser vendida para um demolidor, mas nunca foi demolida. Hugo estava determinado a salvar o coração espiritual do país e ajudou a criar uma excelente campanha para restaurar Notre-Dame antes que fosse tarde demais. O escolhido para projetar e supervisionar a restauração foi Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc (1814-79). Nascido em Paris, Viollet-le-Duc já provara sua capacidade de restaurador, como se pode ver na catedral de Amiens e na bela cidade murada de Carcassone, no sul da França.

Viollet-le-Duc na fachada da Prefeitura de Paris

Os trabalhos começaram em 1841e prosseguiram por 23 anos, quando a catedral assumiu praticamente o mesmo aspecto que tem agora. Mais tarde, Violet-le-Duc foi chamado para restaurar a Saint-Chapelle também em Paris.

Curiosidades sobre a Notre-Dame:

- Em 1455 Joana d´Arc foi julgada ali, postumamente, e considerada inocente da acusação de heresia, pela qual havia sido condenada à fogueira em 1431.

- A coroação de Napoleão ocorreu na Notre-Dame em 1804. O ousado general tomou a coroa do papa Pio VII e coroou a si mesmo e a sua esposa Josefina imperatriz.

- A catedral têm 5 sinos. O maior deles, o sino Emannuel pesa mais de 13 toneladas e o seu batente 500 quilos e só toca nas grandes festas católicas. Na torre norte, quatro outros sinos tocam várias vezes ao dia.

- Na catedral pode-se ver as Gárgulas e as Quimeras. As primeiras são elementos arquitetônicos, em saliência, destinados a evacuar as águas pluviais. Já as Quimeras são a representação de monstros fantásticos, com o propósito de espantar o mal.

(Quimera)

- Na parede lateral da rua do Claustro, pode-se ver uma grande quantidade de gárgulas. Repare que uma delas, no entanto, tem a cabeça de um homem. Dizem que os trabalhadores tiveram seus salários atrasados por culpa de um dos padres e vingaram-se esculpindo-lhe a cabeça em uma das peças.

Gárgula com cabeça de homem

- A agulha da catedral, de 90m, foi acrescentada por Viollet-le-Duc. Perto das estátuas dos apóstolos, no telhado, há uma do arquiteto, admirando sua obra. É a única de frente para a agulha.

Teto da Notre-Dame com estátuas dos apóstolos e de Viollet-le-Duc

- Os bancos do coro, de madeira entalhada, foram encomendados por Luís XIV. Entre os entalhes dos 78 painéis há cenas da vida da Virgem Maria. Inclusive uma que mostra a Virgem grávida, imagem raríssima de se ver (abaixo, bem à esquerda):

Bancos do Coro - entalhes

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Paris - dia 3: Versailles, Quartier Latin, Notre-Dame, Bateaux-Mouche e Torre Eiffel

20.10.09

(Versailles e obra de Xavier Veilhan)

Como mostra o título, esse foi um dia cheio! Acordamos cedinho e fomos à Versailles. Compramos o ingresso (13,00 Euros) no dia anterior, lá no Louvre (no sub-solo, ao lado da escada rolante que fica em frente a maquete do museu) tem essa lojinha, uma tabacaria, que vende ingressos e passes de museus. Assim evitamos as filas enormes para compra de ingressos e entramos diretamente no palácio.

Esse com certeza merece um post à parte, pois é impossível descrevê-lo em poucas linhas. Posso dizer que ficamos muito impressionados. Visitamos o palácio e seus jardins também (que tem entrada separada, precisando outro ingresso que compramos lá mesmo. 8,00 Euros).


No meio do passeio um imprevisto. Nossa câmera fotográfica sofreu um acidente... Quase infartei, imaginem uma viagem dessas sem fotografias? Nem pensar... já fui avisando o maridão que compraria outra naquele mesmo dia.
Era a segunda vez que acontecia isso durante uma viagem. Ano passado em plena ilha de Santorini na Grécia a nossa câmera se foi ao chão, rolando ladeira abaixo... Pois olhem, a danada sobreviveu sem dados às duas quedas. Não é que se recuperou perfeitamente? Ô camerazinha boa essa, a Canon... já até apelidei de Bruce Willis... Duro de matar, sabe?

Passado o susto retornamos a Paris e almoçamos uma salada bacaninha perto do Louvre, aliás, um lugar muito bom chamado A Toutes Vapeurs (2-4 Rue de L´Echelle - http://www.atoutvapeurs.com/). Depois fomos até o Quartier Latin, por onde passeamos entre suas ruelas, as termas romanas, a Place Viviani, onde fica a Igreja St. Julien-Le-Pauvre e a árvore mais antiga de Paris, chamada Robinier, datada de 1602.

(Notre-Dame vista da Place Viviani)

Depois visitamos a Notre-Dame de onde saímos para pegarmos o Bateaux-Mouche para um passeio no Sena. Aliás, uma delícia de passeio, mesmo com toda a horde de turistas na volta, o dia estava tão lindo e agradável que foi excelente ver a cidade de outros ângulos.


(Grand-Palais e Pont Alexander III vistos do Sena)

O passeio terminou por volta das 6:30 da tarde. Saímos da estação do Bateaux e caminhamos até a Torre Eiffel. Ficamos em uma fila enorme (mas bem menor que as filas durante o dia) e subimos a Torre bem a tempo de ver um magnífico por-do-sol. Descemos de lá as 09:30 muito cansados, realmente exaustos. Ainda assim, paramos para jantar uma pizza perto da estação Bir-Hakeim, de onde pegamos o metrô para voltarmos ao nosso hotel. Estávamos cansados demais para procurarmos algum restaurante. Foi um dia bem puxado, mas estávamos muito felizes com o progresso de nossas visitas. Mais felizes ainda com a boa sorte de estarmos lá em dias tão bonitos...

(Entardecer na Torre Eiffel)

Cemetiere Père Lachaise - Paris

16.10.09




Essa dica veio de Jackson Martins, do blog Viver Paris. Um delicioso espaço para quem busca informações diversificadas sobre a cidade luz. O blog é simplesmente imperdível.

Não havíamos incluído o cemitério Père Lachaise na nossa visita à cidade. Mas acabamos ficando hospedados à poucas quadras do mesmo e, depois de ler sobre o local, resolvemos conferir de perto.

Disse  Jack:

"Como qualquer lugar do mundo Paris também tem suas superstições - algumas delas bem curiosas, como esta que faz o maior sucesso entre as futuras mamães parisienses. Em janeiro de 1870 o jovem jornalista francês Victor Noir (cujo verdadeiro nome era Yvan Salmon) foi assassinado em Paris e enterrado no cemitério do Père-Lachaise. O fato causou à época grande comoção popular, já que Victor Noir tinha apenas 22 anos, era um brilhante colunista político em ascensão e ia se casar no dia seguinte à sua morte.

Pois bem: é sabido na cidade que as mulheres que estão desejando ter bebês, sobretudo as que estão enfrentando dificuldades para engravidar, obtêm facilmente a fecundidade se visitarem o túmulo do jornalista no cemitério do Père-Lachaise e tocarem “as partes” da estátua de bronze de Victor Noir.
O milagroso está um pouco gasto mas funciona que é uma beleza: flores são trazidas constantemente pelas parisienses em agradecimento a monsieur Noir.
Os poderes mágicos atribuídos a Victor Noir são tão famosos que o local milagroso da estátua já está até gasto de tanto ser tocado pelas futuras mamães parisienses."

(Victor Noir)

Pois fomos lá conferir, Alexandre e eu... para nossa surpresa, o lugar é enorme, são 17 hectares ao todo e segundo nos disseram, tem mais de 100 mil tumbas. Foi criado por ordem de Napoleão pois, na época, os cemitérios em Paris ficavam ao lado das igrejas e já estavam lotados, empesteando a cidade toda. Com sua criação, os restos mortais foram então transferidos e acabou tornando-se, com o tempo, o lugar de repouso derradeiro para muitas celebridades como Edith Piaf, Chopin, La fontaine, Ives Montand, Oscar Wilde, Jim Morrison e tantos outros...

(Túmulo de Frederic Chopin)

Fato curioso (além do Victor Noir) que aconteceu durante nossa visita foi que após alguns minutos perdidos no meio das tumbas, sem encontrarmos nenhuma das célebres, um sujeito simpático e falante acabou se aproximando e, junto com ele, uma revoada de corvos(!). Parece filme, mas o tal sujeito acabou nos mostrando os túmulos mais famosos em cerca de uma hora de "tour". Com meu francês macarrônico, consegui entender razoavelmente bem as histórias que ele contava. Acontece que que o tal era funcionário do cemitério, um coveiro, que nos dias de folga fazia um "bico" de guia turístico. Além de guia, devia também alimentar os corvos, que o seguiam durante a visita... turismo macabro à parte, considero uma sorte tê-lo encontrado. Saiu até barato se levarmos em conta as circunstâncias (5 Euros). Teríamos ficado horas ali dentro e talvez não tivéssemos visto quase nada sem sua ajuda.

Outro fato curioso, Alexandre ficou mau humorado o dia todo depois da, digamos, "experiência" com o Victor Noir...e adianta dizer que é simpatia, é só uma estátua, etc?... Para evitar maiores danos, não publicarei aqui a "prova do crime". Mas eu achei muito engraçado, tanto a lenda urbana quanto o mau-humor do meu maridinho querido ciumento!

Túmulo de Oscar Wilde

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Louvre - Setembro de 2009 - Parte I

14.10.09


Conforme havia prometido, listo aqui as obras que escolhemos visitar no Louvre, por partes. Como todos sabem, o Louvre é um dos maiores museus do mundo, e reúne em um só local 8 mil anos da cultura e da civilização mundial. Diante desse montante de história, para visitantes que, como nós, dispõem de pouco tempo, é fundamental organizar e planejar a visita com antecedência, para que ela seja melhor aproveitada. Outra opção é contratar uma visita guiada.

As descrições das obras são pequenos resumos que foram extraídos das pesquisas que fiz em várias fontes, ao longo de muitos anos...

Primeiro um pouco de história:

O primeiro real "Castelo do Louvre" neste local foi fundado por Filipe II em 1190, como uma fortaleza para defender Paris a oeste contra os ataques dos Vikings. No século seguinte, Carlos V transformou-o num palácio, mas Francisco I e Henrique II rasgaram-no para baixo para construir um palácio real; as fundações da torre original da fortaleza estão sob a Salle des Cariatides (Sala das Cariátides) agora. Mais tarde, reis como Luís XIII e Luís XIV também dariam contribuições notáveis para a feição do atual Palácio do Louvre, com a ampliação do Cour Carré e a criação da colunata de Perrault.

As transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar medieval acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados inteiramente à cultura. Dentre as mais recentes e significativas mudanças, desde o lançamento do projeto "Grand Louvre" pelo presidente François Mitterrand, estão a transferência para outros locais de órgãos do governo que ainda funcionavam na ala norte, abrindo grandes espaços novos para exposição, e a construção da controversa pirâmide de vidro desenhada pelo arquiteto chinês I. M. Pei no centro do pátio do palácio, por onde se faz agora o acesso principal. O museu reorganizado reabriu em 1989. (Fonte: Wikipedia)

Com o caderninho com as obras e o mapa do museu, entregue na entrada, na mão, seguimos então pela ala Sully e dobramos à esquerda em direção a Ala Denon. A partir dali, nossa sequência de obras visitadas foi:

A Vitoria de Samothrace - Estátua de uma mulher alada, a deusa grega mensageira da vitória, que foi encontrada em fragmentos e reconstituída por especialistas para formar uma das obras mais impactantes da época helenística.


Venus e as três Graças - Botticelli. Não tão famosa quanto A Primavera e O Nascimento de Vênus, essa obra pertencia a uma propriedade próxima a Florença (Villa Lemmi), como afresco, sendo parte de um total de 3 obras que foram descobertas em 1873.


Saint Sebastien - Andrea Mantegna. Uma da série de 3 telas dedicadas ao santo protetor contra as pragas (as outras estão em Viena e em Veneza), a obra do Louvre foi um dia adorno do altar de San Zeno em Veneza e também da Saint Chapelle em Aigueperse, França. A obra retrata a impassividade do santo diante de seu martírio ao ser trespassado por várias flechas sendo observado por dois arqueiros.


A Virgem das Rochas - Leonardo da Vinci. Popularizada a partir do livro O Código da Vinci, essa obra  foi realizada sob encomenda para adornar a capela Immacolata, da igreja de San Francesco Grande em Milão, Itália. Existe outra versão dessa tela no museu nacional de Londres. Os especialistas dizem que a versão do Louvre é genuínamente de da Vinci ao passo que a de Londres é objeto de controvérsias.


A Mona Lisa - Leonardo da Vinci.  Famosa obra-prima do gênio renascentista italiano, demonstra o domínio que Leonardo tinha sobre duas técnicas: o chiaroscuro, contrastes de luz e sombra, e o sfumato, que faz uma transição sutil entre as bordas das imagens e das variações de cores.


A Balsa da Medusa - Théodore Géricault. Ícone da pintura romântica, de 1819, essa tela foi inspirada em um naufrágio da Frigate Meduse na costa da Mauritânia e retrata o momento em que os sobreviventes avistam uma vela no horizonte. Tornou-se importante pois foi uma das primeiras obras a romper o estilo neoclassico então prevalescente na época.


Ainda antes de saírmos dessa ala, visitamos a Galeria de Apolo, lindo salão decorado com signos do zodíaco e retratos que mostra jóias e objetos que pertenceram à monarquia, como a coroa de luis XV.

Paris - Dia 2: Monumentos, Louvre e Montmartre

12.10.09

(Louvre - Pirâmide Invertida)

No nosso segundo dia descobrimos que tínhamos ganho um city-tour. Isso foi novidade para nós... mas enfim, assim de graça, fomos bem contentes. Aliás, um parênteses: Tours guiados são muito controversos, eu sei. Algumas pessoas adoram, outras detestam. Eu tenho uma mente aberta em relação a eles, quer dizer, se vou a um lugar que não conheço bem, não fiz o tema de casa antes, acho melhor ter um guia para me contar o básico ao menos. Já aconteceu de eu ter surpresas muito agradáveis com guias excelentes que deram verdadeiras aulas sobre os locais. Se não for assim, eu corro o risco de passar por um local e não saber o que ele significa, não entender o contexto histórico-cultural...fica uma impressão estética somente, sem profundidade ou entendimento. Acho meio vazio...

(Hermaphrodite Endormi)

Enfim, percorremos os principais pontos da cidade e no final da manhã fomos ao Louvre. Poderíamos ter optado por uma visita guiada no Louvre (40 euros), mas preferimos fazê-lo sozinhos. Nesse caso, eu havia feito o "tema de casa", sabia as obras que queríamos ver, conhecia suas histórias, seus artistas, então julgamos não ser necessário um guia. Ainda assim alugamos o "audio-guide" (6,00 Euros) na entrada do museu, um aparelinho que conta a história das peças ou ajuda a fazer um roteiro específico que você determina. Levamos 4 horas e meia para a visita e vimos tudo o que havíamos planejado ver, com tranquilidade. Não me adaptei muito bem com o "audio-guide", mas acho que foi pura falta de paciência da minha parte... Farei outro post contando quais obras visitamos.

(Place de la Concorde)

Depois percorremos o Jadim das Tulherias, onde descansamos um pouco sob as árvores e, em seguida, fomos até a Place de La Concorde e depois caminhamos até a Ponte Alexander III. Retornamos ao Louvre de onde fomos diretamente para Montmartre, ao entardecer. Do alto das escadarias da Sacre-Coeur vimos a noite chegar, visitamos a igreja e depois passeamos pelas ruelas deliciosas do bairro. Sentamos em uma creperie e comemos crepes salgados e doces e bebemos vinho junto com nossos amigos Ricardo e Luciana, do Recife. Uma delícia... Passeamos mais um pouco curtindo a noite agitada do local antes de descermos novamente.

(Sacre-Coeur)

Nossos amigos foram ao Moulin Rouge para um show e nós voltamos para o hotel.


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